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Cartaz Queda de Pessoas Idosas Azul

 

24 de junho - Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos

 

 

Pessoas de todas as idades correm risco de sofrer uma queda. Mas, na população idosa, o perigo é ainda maior. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que, em todo mundo, 684 mil pessoas morram de quedas anualmente. É a segunda principal causa de mortes por lesões não intencionais, segundo a OMS. Ao menos 37 milhões de quedas graves exigem atenção médica a cada ano.

 

Aqui no Brasil, o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI- Brasil), feito entre 2015 e 2016, entrevistou 4.174 idosos acima de 60 anos, sendo que 25% relataram ter sofrido pelo menos uma queda no ano.

 

Essa triste realidade também é observada nos atendimentos realizados na Santa Casa de Jahu. Em 2020, o hospital registrou 31 mortes relacionadas a quedas de pacientes com mais de 60 anos. No mesmo ano, 337 internações ligadas a queda de idosos (acima de 60 anos). As informações foram retiradas do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).

 

“No dia a dia da Enfermaria de Clínica Médica, recebemos muitos pedidos para avaliar idosos que estão internados por quedas. A fratura mais comum é a de fêmur, mas há também ocorrências de traumatismo craniano, por exemplo. A queda pode desencadear uma série de complicações, como internações prolongadas e até necessidade de um leito de UTI, infecções hospitalares, confusão mental e eventos tromboembólicos. Tudo isso causa grande sofrimento para o idoso e seus familiares”, explica a médica da Santa Casa, Dra. Priscila Paulin.

 

Psicóloga do hospital, Marielle Gomes Ferrucci, também alerta para os danos psicológicos ligados a um tombo. “Existe o medo de se machucar novamente, de ter que voltar ao hospital, ter uma piora nas condições de saúde. Os idosos têm muito receio ainda de tornarem-se dependentes de outras pessoas para o autocuidado ou para realizar atividades do dia a dia. Por isso, a família precisa estar atenta às necessidades e cuidados de ter um idoso em casa, atuando na prevenção de quedas”.

 

Cair não é uma consequência da idade, mas representa um sinal de alerta. Uso de medicamentos, certos tipos de doenças e alterações comuns causadas pelo passar dos anos são fatores que podem levar uma pessoa a sofrer quedas.

 

 

Alterações Fisiológicas do Envelhecimento

* Diminuição da visão e audição;
* Falta de exercícios físicos (sedentarismo);
* Alterações na postura, equilíbrio e locomoção;
*Diminuição da força muscular;
*Deformidades nos pés (unhas grandes, joanetes);

 

Doenças
*Osteoporose (ossos frágeis) e câncer nos ossos;
*Depressão;
*Doenças Cardíacas (arritmias, pressão arterial descontrolada);
*Doenças Pulmonares (DPOC – antigo enfisema pulmonar)
*Doenças Neurológicas (Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, derrame, esclerose múltipla).

 

Medicamentos
*Antidepressivos;
*Ansiolíticos (ansiedade);
*Anti-hipertensivos;
*Diuréticos;
*Antidiabéticos;
*Polifarmácia (uso de 5 ou mais medicamentos ao mesmo tempo);

 

Existem ainda os fatores externos, que são relacionados com o ambiente em que o idoso está. Exemplo: casa, locais públicos, transportes, etc.

 

Fonte: Manual de Prevenção de Quedas da Pessoa Idosa | Centro de Estudos Ortopédicos do HSPE

 

Dicas de Prevenção 

 

1-Evite tapetes soltos;
2-Escadas e corredores devem ter corrimãos nos dois lados;
3-Use sapatos fechados com solado de borracha;
4-Coloque tapete antiderrapante no banheiro;
5-Evite andar em áreas com piso úmido;
6-Evite encerar a casa;
7-Evite móveis e objetos espalhados pela casa;
8-Deixe uma luz acesa à noite caso precise se levantar;
9-Só desça ou suba do ônibus com o veículo totalmente parado;
10-Coloque o telefone em local acessível;
11-Utilize sempre a faixa de pedestre;
12-Se necessário, use bengalas, muletas ou instrumentos de apoio;
13-Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
14-Mantenha uma dieta com ingestão adequada de Cálcio e Vitamina D;
15-Tome banhos de sol diariamente;
16-Participe de programas de atividade física para desenvolver força, equilíbrio, coordenação e mobilidade corporal.

 

Fonte: Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa/ Ministério da Saúde - 2017 e Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia