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 DOE ORGÃOS

 

 

Doe órgãos e permita que a vida continue

 

Um mês para falar sobre a vida. Duas importantes campanhas são realizadas agora em setembro: o setembro amarelo, dedicada à prevenção do suícidio, e o setembro verde, que chama atenção para a importância de doar órgãos.

 

O próximo domingo é marcado por outra data especial. Desde 2007, uma Lei Federal determinou que 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos.

 

E mais do que nunca, com o avanço do Coronavírus, é preciso falar sobre o assunto. A pandemia derrubou os índices de novos doadores.

 

Só aqui na Santa Casa de Jahu, de janeiro a setembro de 2019, foram registrados 80 procedimentos de doação, sendo 77 córneas e 3 múltiplos órgãos (fígado, rins, pâncreas, coração e córneas). No mesmo período de 2020, o número chegou a 24 doações, com 20 córneas e quatro múltiplos órgãos (fígado, rins e córneas).

 

A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) também apontou uma redução de 6,5% na taxa de doadores efetivos, quando se compara o primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Dados de agosto de 2020, levantados pelo Ministério da Saúde, indicam que existem quase 47 mil brasileiros na fila de espera por um transplante.

 

CIHT
Criada em 2007, a Comissão Intra Hospitalar de Transplante da Santa Casa de Jahu (CIHT) tem a função de orientar e apoiar todo o processo de doação, prestando apoio e assistência necessária à família do doador. Atualmente, a CIHT é composta por um médico coordenador, quatro enfermeiras e seis técnicos.

 

A enfermeira coordenadora da comissão, Luciane Carraro, explica que o Coronavírus colocou limitações às captações de órgãos. A principal delas é a realização de exames para Covid-19 nos possíveis doadores. Se o resultado for positivo, a doação não é realizada.

 

As córneas também deixaram de ser captadas em caso de morte após parada cardíaca. Agora, elas só podem ser aproveitadas em caso de morte encefálica, condição necessária para a captação dos demais órgãos.

 

“Doar órgãos é salvar vidas. É extremamente fundamental manifestar à família, em vida, o desejo de ser doador. Somente os familiares podem autorizar o ato. Nossa missão, na CIHT, é promover mudanças de atitudes e valores e trazer informações aos familiares e mesmo aos profissionais do hospital para que potenciais doadores se transformem em doadores efetivos”, complementa Luciane.