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Um diagnóstico precoce pode salvar vidas

 Nesta quinta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A Santa Casa de Jahu alerta sobre a importância de ampliar a atenção e conscientização a respeito do diabetes, uma doença epidêmica diante dos números globais impactantes: 425 milhões de pessoas em todo o mundo, mais de um milhão são crianças e adolescentes com diabetes tipo 1. No Brasil, o número estimado é de 14,5 milhões de pessoas e quase metade desconhece o diagnóstico.

 De acordo com a endocrinologista da Santa Casa de Jahu, Dra. Gabriela Romano de Oliveira, o diabetes é uma doença séria, podendo ocasionar complicações grave, que podem levar até a morte do paciente. “Trata-se de um problema que não pode ser ignorado. Precisamos alertar nossa população sobre os riscos da doença e incentivar a adoção de medidas preventivas”, relata a endocrinologista.

 Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente.  O nível de glicose no sangue fica alto (hiperglicemia). Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

 Existem diferentes tipos da doença, mas os mais conhecidos são o diabetes tipo 1 e 2.  
 Diabetes tipo 1: é o resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.
 Diabetes tipo 2: o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.

 Dra. Gabriela explica que o diabetes tipo 1 pode incluir sintomas como excesso de sede, perda de peso repentina e acelerada, fome exagerada, cansaço, vontade de urinar com frequência, problemas na cicatrização e visão embaçada.
Já o diabetes tipo 2 é o tipo mais comum. A maioria dos casos não apresenta sintomas, exceto quando a glicemia esta muito elevada, aí pode-se apresentar os mesmos sintomas do diabetes tipo 1.

 Quando não tratada, o diabetes pode levar a complicações bastante prejudiciais à saúde, incluindo infecções, insuficiência renal, infarto do miocárdio, derrame cerebral e doenças vasculares, desde derrame cerebral até gangrena de braços e pernas.  A necessidade de amputações de membros inferiores também pode ser causada pela doença. No Brasil, estimativa do Ministério da Saúde mostra que 70% das amputações de membros inferiores feitas no país está relacionada à doença.

 “Tudo isso pode ser evitado quando conseguimos prevenir o surgimento do diabetes, adotando um estilo de vida mais saudável. Se a doença já apareceu, os cuidados com alimentação e tratamento são ainda mais intensos, prevendo, em alguns casos, o uso de medicamentos”, explica a Dra. Gabriela. 

 É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta:

  • • a orientação nutricional adequada,
    • como evitar complicações,
    • como usar insulina ou outros medicamentos,
    • como usar os aparelhos que medem a glicose e as canetas de insulina,
    • fornecer orientações sobre atividade física,
    • fornecer orientações de como proceder em situações de hipo e de hiperglicemia.

 Esse aprendizado é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também para garantir autonomia e independência ao paciente. É muito importante que ele realize suas atividades de rotina, viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. É importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, requerendo a adaptação de todo núcleo familiar.

 

 O sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente serviços para prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentosos do diabetes.